sexta-feira, janeiro 10, 2014

Lavagem a seco

Muitas peças de roupa não podem ser lavadas com água e sabão. Nesses casos, para a remoção de manchas de gorduras, utilizam-se solventes orgânicos pouco polares, como o tetracloroetileno (Cl2C=CCl2). O processo é chamado de lavagem a seco. No entanto, o termo "lavagem a seco" não significa que não se utilizam líquidos, e sim que não se utiliza água.
O processo de lavagem a seco surgiu no século XIV, quando o francês Jean Baptiste Jolly notou que sua toalha de mesa encontrava-se mais limpa quando sua empregada, por acidente, derrubou uma lamparina de querosene sobre a mesma. Com isso, a sua tinturaria , Jolly, introduziu um serviço à base de querosene denominado “lavagem a seco”. A lavagem a seco então desenvolveu-se como uma alternativa à lavagem tradicional, onde a água é utilizada para o enxague e como parte do processo, motivada pela necessidade constante de limpeza, pelo crescimento populacional e pelo crescimento dos recursos hídricos.

A partir da do fim da 2ª. Guerra Mundial, os solventes sintéticos voláteis foram substituídos conhecido como percloroetileno (tetracloroetileno), tornando-se predominante na escolha deste setor por ser mais seguro, eficiente e prático.
Dentre as vantagens do processo de lavagem a seco estão a economia de litros de água, que são desperdiçados ao final da lavagem, e a precisão nos resultados.
Os principais que utilizam lavagem a seco são os de limpeza de roupas e de veículos automotores.
Na lavagem a seco de veículos o produto pioneiro é a cera de carnaúba como base e água como solvente. O produto foi desenvolvido e patenteado pelo brasileiro lito Rodrigues em 1996. Apesar disso, independente do procedimento é preciso verificar se a superfície do veículo não possui nenhum dano já existente para que seja provado que o processo de lavagem não danifica a peça em questão. A aplicação do produto nos veículos deve ser realizada através de borrifador especial, normalmente sendo necessário três panos para a realização da limpeza. O produto é aplicado diretamente na lataria, para que assim seja passado o primeiro pano na pintura do veículo. Outro pano deve ser passado para que o produto seja retirado, e um terceiro pano passado proporciona a retirada total do produto e o brilho final para a pintura.
Mais especificamente no caso das roupas, as mesmas são devidamente colocadas em uma máquina e lavadas com um solvente, para que depois, se consistida alguma impureza o solvente seja aplicado diretamente no local da mancha. Algumas peças de roupa possuem etiqueta avisando que não devem ser lavadas a seco. Isso ocorre, por exemplo, no caso de peças que possuem enchimento de penas de aves. Essas penas contêm óleos naturasi, que são, em parte, responsáveis por suas propriedades como isolante térmico. os solventes usados no processo de lavagem a seco são capazes de remover esses óleos, alterando a capacidade isolante da peça.
No caso dos estofados, o produto é aplicado na peça, umedecendo a mesma com o solvente. Após isso o produto é retirado por um aspirador juntamente das impurezas.
Fontes:
1.http://pt.wikipedia.org/wiki/Lavagem_a_seco
2. Barbosa, L.C.A. "Introdução à Química Orgânica", 2a. edição. Person, 2011



domingo, março 08, 2009

Por que o céu e a água da piscina são azuis?

Sabemos que a luz é formada por diversas cores. Ao atravessar a atmosfera, ela se espalha devido às partículas existentes no ar, porém as ondas referentes a cada cor espalham-se de forma diferente, dependendo do seu comprimento de onda. Quanto mais curta, mais dispersas elas se tronam. O comprimento da onda azul faz com que ela se espalhe o suficiente para dar ao céu a tonalidade que vemos. Já no final da tarde, o Sol ilumina obliquamente, obrigando os raios a fazerem um caminho mais longo para chegar à Terra. Tal facto dispersa quase totalmente a luz azul e torna visível a vermelha, que possui um comprimento de onda maior. É isso que nos dá o espetáculo do pôr-do-sol.

A água do mar é transparente, porém quando olhamos o mar, ele parece azul, verde ou até cinzento. A cor muda de acordo com a cor do céu, que se reflete nele. Também depende da cor da terra ou das algas transportadas pelas suas águas. A partir de uma certa profundidade, as cores começam a sumir do fundo do mar. A primeira cor a desaparecer é a vermelha, aos seis metros. Depois, aos quinze, some a amarela. Até chegar a um ponto em que só se verá o azul.

O que acontece é que a cor da água é tão tênue que, em pequenas quantidades, não é possível observar, mas em grandes volumes podemos ver esta sua coloração. E a explicação não é muito complexa.

A cor da água é devida à absorção seletiva da luz. Quando a luz atravessa a água, ela absorve o espectro eletromagnético das radiações correspondentes à luz vermelha, e portanto, a luz que acaba atravessando tem tons de azul (que é a cor complementar do vermelho). Por isso, quanto maior o volume de água, maior é a absorção, e mais azul pode ser visto.

Se enchêssemos de água límpida uma piscina perfeitamente branca, numa casa branca, iluminada com luz branca, a cor da água seria azul turquesa. Muito suave, mas azul.

sábado, janeiro 31, 2009

Por que a pele descasca?

(1) Ao atravessarem a epiderme, a camada mais superficial da pele, os raios ultravioleta (UV) atingem as células basais , que estão sempre se dividindo para dar origem a novas unidades. Sem espaço para se acomodar, elas naturalmente sobem;

(2) Em um efeito em cadeia, a radiação solar atinge o DNA das células basais, inibindo os genes que controlam sua divisão. Isso estimula ainda mais a multiplicação desenfreada;

(3) O excesso de células, exposto aos raios solares, morre depressa de desidratação. As unidades mortas, então, formam uma camada que logo descasca para abrir caminho a outras, novinhas em folha.

(Texto extraído daqui)

domingo, janeiro 18, 2009

Por que soltamos "fumaça" pela boca em dias frios?

Se o dia está muito frio, é comum se observar uma “fumaça” saindo da boca quando falamos ou respiramos. De onde ela vem? O que acontece é o seguinte: quando exalamos, na respiração ou na fala, eliminamos ar, gás carbônico e água. Este último é o responsável pela fumaça. O vapor de água está na forma gasosa em nossos pulmões; quando sai do corpo, é rapidamente resfriado (lembre-se de que o dia está muito frio); assim, o vapor torna-se líquido, formando uma “fumaça” composta por gotículas de água. Se você mora em uma região de clima quente, também poderá observar um fenômeno semelhante durante um dia chuvoso.

domingo, agosto 27, 2006

Lata de óleo e a lataria do carro são a mesma coisa?

Lataria do carro, lata de refrigerante, lata de óleo, objeto de decoração feito de lata. Afinal, todas são a mesma coisa, o mesmo material? Não!
Muitos objetos de decoração que imitam o ouro, assim como algumas bijuterias, são feitos de latão, que é uma liga metáloica de zinco e cobre. A lata de refrigerante é de alumínio. A lata de óleo é uma chapa de aço revestida com estanho (folha-de-flanges). Por último, a lataria do carro é uma chapa de aço.

terça-feira, agosto 22, 2006

Prisão de ventre e gases: de quem é a culpa?

A constipação intestinal, mais conhecida como "prisão de ventre" (dificuldade para evacuar), pode causar cólicas e muitos outros problemas. Como a massa fecal, repleta de toxinas e restos de alimentos não assimilados e/ou não digeridos - permanece muito tempo nos intestinos, as bactérias, protozoários, germes que vivem neles e na própria massa fecal começam a se servir como num banquete. As fezes servem de alimento para eles. Assim, à medida que se aliimentam, produzem mais toxinas e gases. Como se não bastasse, podem multiplicar-me além do normal e migrar para outras partes do corpo, causando doenças.
Por isso, é aconselhável ir ao banheiro regularmente (uma ou duas vezes por dia; dessa forma, o excesso de microrganismos é expelido e as toxinas também. O equilíbrio, então, é mantido.
Importante: a maioria desses microrganismos não é nociva; muitso ajudam na digestão dos alimentos, fazendo parte da flora e fauna intestinal. O problema é quando a massa fecal permanece por muito tempo nos intestinos, promovendo a multiplicação exagerada deles.
Pessoas com prisão de ventre costumam ter problemas com gases. A saída é descobrir uma forma de produzir menos toxinas e de fazer os restos de alimentos (não assimilados e/ou não digeridos) e seus resíduos permanecerem por menos tempo no organismo. Isso pode ser conseguido:
(a) consumindo alimentos ricos em fibras, pois elas dão volume às vezes, fazendo que os intestinos, por conta de seus movimentos peristálticos, ocnsigam expeli-las com facilidade.
(b) Bebendo muito líquido, de preferência água e suco de frutas (de 2 a 5 litros por dia), pois dessa forma a massa fecal permanece lubrificada e pode fluir sem muita dificuldade através dos intestinos;
(c) Reduzindo o consumo de cqarne (principalmente vermelha), pois segundo algumas teorias, sua digestão dá origem a muitas toxinas.
O "pum" (entenda-se: peido) pode também servir como indicativo do andamento do processo digestório. A formação exagerada de gases ou o cheiro muito forte podem significar que os alimentos (em especial, os ricos em proteínas e carboidratos) não estão sendo bem digeridos e/ou estão permanecendo por muito tempo nos intestinos.
(extraído de: A química do ser humano: da boca às células)

sábado, julho 22, 2006

A acidez do estômago e os antiácidos

Sabe aquele final de semana de céu azul, temperatura agradável e tão perfeito que você resolve fazer uma churrascada com tudo o que tem direito: picanha, maminha, costelinha de porco, frango e uma farofinha com azeitonas, cenoura, ovo cozido? Você come até não poder mais e depois não consegue nem andar direito. Então começa a sentir certa indisposição.
Será que foi a azeitona da farofa? Pouco provável. O problema foi o excesso de comida. A acidez do estômago começa a auemntar e, com ela, pode vir a azia.
O que fazer? Tomar um antiácido, que pode ser efervescente ou não. Qual a diferença?
A diferença está na forma de ação. Geralmente os antiácidos não efervescentes agem neutralizando uma parcela do ácido clorídrico (HCl) presente no suco gástrico, pois contêm substâncias alcalinas. Lembre-se que substâncias alcalinas aneutralizam as ácidas, e vice-versa. Os efervescentes funcionam estabilizando a acidez na faixa de normalidade (pH entre 1.8 e 2.0).
(extraído de: A química do ser humano: da boca às células)